terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um bom momento

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Iniciamos a 2ª década do século XXI, mas muitos problemas que enfrentamos hoje são ainda os mesmos da pré-história. Nos últimos 100 anos evoluímos muito em todas as áreas, mas infelizmente não mudamos quase nada.
Continuamos a nos matar, e hoje com armas mais eficientes que paus e pedras.
Governos que se intitulam democráticos (do povo, pelo povo, para o povo) agem de acordo com interesses pessoais e governam segundo a antiga e famosa regra “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
A ciência evoluiu inacreditavelmente, segundo alguns está próxima de artificialmente criar a vida, entretanto ainda não foi capaz de proporcionar uma vida mais justa e solidária, com alimento, saúde e segurança para todos os habitantes deste planeta.
Atualmente a comunicação é instantânea entre praticamente qualquer ponto da terra, mas temos dificuldade em manter um diálogo produtivo com a nossa própria família, com o vizinho do lado ou com o colega de trabalho.
As mulheres conquistaram o direito de trabalhar fora, fazer “tarefa de homem”, mas o homem talvez por conveniência, resiste em assumir tarefas do lar que ainda considera “serviço de mulher”.
A abolição da escravidão não impediu que multidões de pessoas se tornassem escravas de trabalhos forçados, que realizam apenas em razão da própria sobrevivência ou, pela compulsão de atenderem aos estímulos para o consumo, permanentemente criados e mantidos por uma mídia onipresente na vida de todos nós.
Essa nossa bendita evolução, além de não conseguir resolver problemas que nos afligem à milênios, ainda criou novas e graves dificuldades para as quais precisamos encontrar soluções urgentes sob pena de perecermos, como a poluição ambiental e o aquecimento global.
Possuímos hoje, as melhores condições de toda a história da humanidade para estarmos vivendo no melhor de todos os mundos, mas coletivamente continuamos a viver no inferno de sempre.
O que era para ser o século do bem estar social, da celebração, da liberdade e da inteligência, tem sido apenas motivo de luto e dor.
Sutilmente tem trazido de volta a tirania da ignorância, das doutrinas fundamentalistas de toda espécie, da censura, da intolerância, do totalitarismo e de seus mecanismos clássicos de tortura e repressão.
O pior é ter consciência de que os responsáveis por tudo isso somos nós mesmos, quando não usamos as informações hoje disponíveis e facilmente acessíveis para implementarmos as ações de mudanças tão necessárias.
Se com toda nossa atual tecnologia ainda não conseguimos consertar o mundo, devemos nos concentrar em uma tarefa mais simples. Vamos individualmente consertar o homem, assim quando a tarefa estiver concluida, teremos por consequência resolvido os problemas do mundo.
Mudar nossa maneira de ser, pensar e agir é uma tarefa simples e ao mesmo tempo extremamente difícil, mas a recompensa vale a pena.
Novo ano, nova década, novo governo, novas oportunidades. Esse é um bom momento para começar.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O vendedor de vento

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Na década de 80 do século passado trabalhei em uma rede de drogaria que tinha uma política de vendas muito agressiva, precisávamos cobrir altas “cotas” mensais, e a cada mês ficavam maiores.
Para atingir seus objetivos pressionavam muito, inclusive com demissão para os que não cobrissem as tais cotas, mas também davam muitos treinamentos em vendas, ou seja, forneciam as armas para que seus vendedores se saíssem vitoriosos.
Nunca fui um bom vendedor, se fosse estaria milionário hoje, e sempre me surpreendia com os métodos usados por alguns colegas e com os resultados por eles obtidos.
Porem nada disso se compara ao que ocorre em um supermercado próximo de minha residência. No açougue tem um potente ventilador de parede, daqueles oscilantes, bem acima da balança, assim os desavisados consumidores nem percebem que o fluxo de ar que ventila muito bem o ambiente, também nunca deixa a balança em repouso, ela está sempre oscilando entre zero e vinte e cinco gramas e mesmo quando os produtos estão sendo pesados a oscilação continua.
Não sou nenhum gênio em matemática, mas cheguei a um resultado surpreendente: Eles conseguem vender no mínimo um kg de vento por dia, a um preço nada desprezível.
Imagine se ocorrer o mesmo em todas as lojas da rede que funciona de domingo a domingo...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Objetivos do casamento

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Sempre que alguém próximo a nós está para se casar, é comum ouvirmos aquelas brincadeiras de sempre relacionadas ao ato. No entanto parece que nenhuma dessas pessoas têm consciência da importância do casamento para a sociedade.
Se indagado sobre os objetivos do casamento, talvez responda de imediato que é a perpetuação da espécie humana. Mas será só isso?
O casamento é um dos pilares da evolução da Humanidade, porque além da procriação, também é responsável pela evolução moral dos seres que sabem aproveitá-lo bem.
Quando duas pessoas resolvem, de comum acordo, viver sob o mesmo teto, desde logo terão chances de melhoria individual. E a primeira delas é vencer o egoísmo, pois o que antes era meu, agora passa a ser nosso.
Antes de casar, era o meu quarto, o meu carro, o meu aparelho de som, o meu... o meu...
No primeiro dia de convivência mútua, deverá ser o nosso quarto, o nosso carro, o nosso aparelho de som, e assim por diante.
Com o tempo os casais vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser, tem algumas manias reprováveis, e que só foram notadas graças à convivência diária.
Eis uma ótima oportunidade para aprender a dialogar e resolver conflitos como gente grande.
Depois o grau de dificuldade desse aprendizado diário aumenta, e para nos ajudar a treinar outras virtudes chegam os filhos.
Agora temos que ser menos egoístas ainda, devemos dividir mais a atenção, treinar a renúncia, aprender a passar noites sem dormir, trocar fraldas sujas, correr para o médico nas horas mais impróprias, perder o filme que gostaríamos de assistir... o jantar a luz de velas... a balada com os amigos...
A cama que era só minha e passou a ser nossa após o casamento, agora tem mais alguém nela, disputando espaço, carinho, atenção e proteção.
E aí temos a grande oportunidade de aprender a superar o ciúme, o medo, a insegurança, o desejo de posse exclusiva sobre o nosso par, para amparar esse serzinho que chegou para ficar.
Junto a tudo isso, herdamos também a família do nosso cônjuge, que nem sempre nos parece uma boa aquisição. Assim temos um grande desafio para aprender a fraternidade, a tolerância, o desprendimento, a amizade, a caridade e outras tantas virtudes que ainda não possuímos.
Para cumprir bem o compromisso firmado, unindo-nos a alguém de livre e espontânea vontade, é preciso que os dois permaneçam firmes até o fim, cada um contribuindo da melhor forma possível, mas quando isso não acontece, a vitória é do egoísmo.
E se deixarmos o egoísmo vencer uma única vez, quem garante que teremos nova chance de vitória sobre ele?
Considerando que nem todos nascem com o compromisso de se casar, há casos de pessoas que simplesmente optam por não se casar, assumindo declaradamente seu egoísmo. Estas, com certeza irão responder perante a própria consciência e a Consciência Cósmica pela decisão tomada.
Aquele que se casa e promete conviver bem com seu par e com os filhos que Deus lhes enviar, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à própria sorte. Isso será um débito lançado em sua conta, cujo acerto será obrigatório num tempo próximo ou distante.
Por todas essas razões, vale a pena pensar ou repensar os nobres objetivos que a Divina Sabedoria estabeleceu com a união de dois seres.
Vale a pena refletir sobre o que queremos para nós. Refletir sobre as forças internas que devem nos inspirar a vencer essa miséria moral chamada egoísmo.
Ou será que vamos jogar a tolha, numa demonstração tácita de derrota para esse monstro cruel?
Você pode até não concordar com esse ponto de vista, mas seria bom refletir sobre o assunto. Pense! E decida-se pelo amor.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O vendedor de vento

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Na década de 80 do século passado trabalhei em uma rede de drogarias que tinha uma política de vendas muito agressiva, precisávamos cobrir altas “cotas” mensais, e a cada mês ficavam maiores.
Para atingir seus objetivos pressionavam muito, inclusive com demissão para os que não cobrissem as tais "cotas", mas também davam muitos treinamentos em vendas, ou seja, forneciam as armas para que seus vendedores se saíssem vitoriosos.
Nunca fui um bom vendedor, se fosse estaria milionário hoje, e sempre me surpreendia com os métodos usados por alguns colegas e com os resultados por eles obtidos.
Porem nada disso se compara ao que está ocorrendo em um supermercado próximo de minha residência. No açougue desse supermercado tem um potente ventilador de parede, daqueles oscilantes, bem acima da balança, assim os desavisados consumidores nem percebem que o fluxo de ar que ventila muito bem o ambiente, também nunca deixa a balança em repouso, ela está sempre oscilando entre zero e vinte e cinco gramas e mesmo quando os produtos estão sendo pesados a oscilação continua.
Não sou nenhum gênio em matemática, mas cheguei a um resultado surpreendente: Eles conseguem vender no mínimo um kg de vento por dia, a um preço nada desprezível.
Imagine se ocorrer o mesmo em todas as lojas da rede que funciona de domingo a domingo...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Bom dia! Boa tarde! Boa noite!

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Que critério você usa ao falar um dos cumprimentos acima?
Você aceita o fato de outras pessoas não usarem o mesmo critério que você?
Meus interlocutores não aceitam muito bem o critério que uso.
Por praticidade divido meu período de 24 horas em claro e escuro. Assim, se a claridade do sol se faz presente digo “bom dia”, quando ele já se escondeu atrás da linha do horizonte e está escuro falo “boa noite”. Se alguém me cumprimenta com um “boa tarde” respondo da mesma forma, mas quando comprimento alguém durante o período claro, sempre digo “bom dia” independente da hora, quando isso ocorre após as 12 horas, sou lembrado muitas vezes de forma nada educada, que já é tarde e portando deveria ter falado “boa tarde”.
Como a partir do meio dia todos falam “boa tarde”, pela lógica deveriam falar “boa manhã” para o período anterior, mas isso não ocorre. Na língua inglesa existe o good morning, literalmente “boa manhã”, “boa aurora”, “boa alvorada”, etc., que por um daqueles mistérios que só os linguistas, gramáticos e outros acadêmicos da área sabem desvendar, na tradução para o Pt-Br virou um “bom dia” que no entando "só" pode ser falado durante a primeira metade do período em que o sol aparece.
Nessa questão sou meio francês, pois lá só tem “bonjour” e “bonne nuit”, bom dia e boa noite. Analisando essa situação acho que eu e os franceses estamos com a razão, pois dentre as diversas definições encontradas no dicionário para a palavra dia estão:
1) O espaço de tempo que vai do nascer ao por do sol, portanto posso dizer “bom dia” a qualquer hora desse período.
02) Dia astronômico ou solar: espaço de 24 horas contadas de meio-dia a meio-dia, por esse critério 13 horas seria o início de um novo dia, não caberia dizer “boa tarde”.
03) Dia civil: espaço de 24 horas contadas de meia-noite a meia-noite, nesse caso, uma hora da madrugada pode-se falar “bom dia”, pois um novo dia já começou.
As pessoas de um modo geral não percebem o quanto estão condicionadas pelo “usos e costumes” e aceitam tudo que é de uso comum como o certo, mesmo que esteja errado, não faça sentido ou seja uma tremenda injustiça.
Sendo assim, continuarei com meu "bom dia" "boa noite" enfrentando os descontentes com a paciência de sempre.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Elogios

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Receber elogios é bom, afaga o ego, mas também pode ser muito perigoso.
Recentemente fui elogiado por dois colegas de trabalho perante toda a turma em que estávamos. Foram elogios sinceros e espontâneos, por isso fiquei feliz e agradecido mas também constrangido, viram em mim qualidades que julgo não ter, e digo isso não por modéstia mas sim por ter consciência de minhas limitações e fraquezas.
Devemos encarar um e elogio como um sinal de que estamos caminhando na direção certa e não como um troféu por estar no “podium”. Além disso o elogio traz uma carga a mais de responsabilidade, pois a partir daquele momento o elogiado tem consciência de que está de alguma forma servindo de referência para alguém, e deve fazer o possível para que essa referência seja sempre positiva.
Mas o maior perigo está em receber o elogio como um atestado de dever cumprido e assim deixar de buscar a excelência.
Vivemos num mundo de tantas misérias e desafios que ninguém tem o direito de agir como se já tivesse terminado sua obrigação e que por isso não precisa fazer mais nada.
Cada um de nós é responsável pela sociedade que aí está, e sempre podemos fazer algo a mais para que ela se torne a que sonhamos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Voltei...

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Escrever nunca foi meu forte, mas como temos que nos esforçar ao máximo para melhorar em nós tudo que deixa a desejar, eu estou tentando juntar na forma de letras meus pensamentos dispersos e emaranhados. Construindo com eles algo que possa ser minimanente inteligível.
Como isso é um trabalho muito estafante para mim, sempre encontro um motivo para não executa-lo. Esse e outros motivos afastaram-me desse espaço por longos meses, espero agora enfrentar o dragão e recuperar o tempo perdido.
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