terça-feira, 10 de agosto de 2010

Objetivos do casamento

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Sempre que alguém próximo a nós está para se casar, é comum ouvirmos aquelas brincadeiras de sempre relacionadas ao ato. No entanto parece que nenhuma dessas pessoas têm consciência da importância do casamento para a sociedade.
Se indagado sobre os objetivos do casamento, talvez responda de imediato que é a perpetuação da espécie humana. Mas será só isso?
O casamento é um dos pilares da evolução da Humanidade, porque além da procriação, também é responsável pela evolução moral dos seres que sabem aproveitá-lo bem.
Quando duas pessoas resolvem, de comum acordo, viver sob o mesmo teto, desde logo terão chances de melhoria individual. E a primeira delas é vencer o egoísmo, pois o que antes era meu, agora passa a ser nosso.
Antes de casar, era o meu quarto, o meu carro, o meu aparelho de som, o meu... o meu...
No primeiro dia de convivência mútua, deverá ser o nosso quarto, o nosso carro, o nosso aparelho de som, e assim por diante.
Com o tempo os casais vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser, tem algumas manias reprováveis, e que só foram notadas graças à convivência diária.
Eis uma ótima oportunidade para aprender a dialogar e resolver conflitos como gente grande.
Depois o grau de dificuldade desse aprendizado diário aumenta, e para nos ajudar a treinar outras virtudes chegam os filhos.
Agora temos que ser menos egoístas ainda, devemos dividir mais a atenção, treinar a renúncia, aprender a passar noites sem dormir, trocar fraldas sujas, correr para o médico nas horas mais impróprias, perder o filme que gostaríamos de assistir... o jantar a luz de velas... a balada com os amigos...
A cama que era só minha e passou a ser nossa após o casamento, agora tem mais alguém nela, disputando espaço, carinho, atenção e proteção.
E aí temos a grande oportunidade de aprender a superar o ciúme, o medo, a insegurança, o desejo de posse exclusiva sobre o nosso par, para amparar esse serzinho que chegou para ficar.
Junto a tudo isso, herdamos também a família do nosso cônjuge, que nem sempre nos parece uma boa aquisição. Assim temos um grande desafio para aprender a fraternidade, a tolerância, o desprendimento, a amizade, a caridade e outras tantas virtudes que ainda não possuímos.
Para cumprir bem o compromisso firmado, unindo-nos a alguém de livre e espontânea vontade, é preciso que os dois permaneçam firmes até o fim, cada um contribuindo da melhor forma possível, mas quando isso não acontece, a vitória é do egoísmo.
E se deixarmos o egoísmo vencer uma única vez, quem garante que teremos nova chance de vitória sobre ele?
Considerando que nem todos nascem com o compromisso de se casar, há casos de pessoas que simplesmente optam por não se casar, assumindo declaradamente seu egoísmo. Estas, com certeza irão responder perante a própria consciência e a Consciência Cósmica pela decisão tomada.
Aquele que se casa e promete conviver bem com seu par e com os filhos que Deus lhes enviar, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à própria sorte. Isso será um débito lançado em sua conta, cujo acerto será obrigatório num tempo próximo ou distante.
Por todas essas razões, vale a pena pensar ou repensar os nobres objetivos que a Divina Sabedoria estabeleceu com a união de dois seres.
Vale a pena refletir sobre o que queremos para nós. Refletir sobre as forças internas que devem nos inspirar a vencer essa miséria moral chamada egoísmo.
Ou será que vamos jogar a tolha, numa demonstração tácita de derrota para esse monstro cruel?
Você pode até não concordar com esse ponto de vista, mas seria bom refletir sobre o assunto. Pense! E decida-se pelo amor.
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